segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A VIDA É UM MOINHO 2....É SÓ CHEGAR


A favela do Moinho conta hoje com 4 mil pessoas em seus arredores. Carentes de todos os tipos de direitos básicos, como água encanada e alimentação diária, os moradores vivem em situação precária. No próximo domingo, (1º/8) artistas, jornalistas e militantes vão fazer a diferença num show para simbolizar a luta e a resistência dos moradores do Moinho. Yara Morais, colaboradora do CHH e da revista Rolling Stone, é a organizadora do evento, chamado A Vida é um Moinho. Em entrevista ao portal, a jornalista fala sobre a comunidade e a importância do Hip-Hop para a mobilização social.

A comunidade
Os moradores da região vivem em situação precária. Ao todo são 4 mil pessoas no local. O principal problema da área, além do maior deles, a falta de água encanada, é a falta de alimentação, roupas, e tudo o que é básico para uma vida digna.

Na primeira vez que cheguei no Moinho, vi uma situação que me deixou perplexa: uma garota de uns 11 anos de idade lavando uma panela de pressão na água do esgoto. O poder público, ao que me parece, não se importa muito com a real situação dos moradores de lá. Na verdade, de imediato dá para perceber isso, pois faltar água em pleno centro de SP, e não só isso, pessoas serem tratadas como nada, não é uma situação estável, pelo menos para quem enxerga o mundo como uma união, como solidariedade.

O evento
O principal objetivo do evento é ajudar na resistência e na luta dos moradores do Moinho, fincando raízes, dando a eles o início de uma vida de mudanças. E como toda mudança de luta e resistência é cantada em letras de rap, nada melhor do que o rap para representar essa gente. Acredito que o rap pode ajudar a resgatar vidas. Não só nesse evento, não só na periferia, não só para o pobre, mas para todas as classes.

Os participantes
Temos várias pessoas que, mesmo que não possam chegar no dia do evento, deram um parecer e se disponibilizaram a colaborar com posteriores ajudas. Eu Yara Morais, sou a organizadora, e contei com ajuda e palavras de apoio de: João Wainer, Jaime Diko Lopes, Mundano, Du Bronk’s, Kamau, Emicida, Sandrão RZO, Consciência Humana, DJ San Mix, Poder de Pensar, Dedeus, Ana P (Manos e Minas), Thaide, Comando DMC, Dignos, Gaspar (Z’África Brasil), Max BO (e Adriano Ministro, seu produtor), A Família, Sérgio Vaz (Cooperifa), Roberto T. de Oliveira, Claudinho, Meire e Edy Rock (Racionais MCs), Livia Cruz, Thyago Furtado, Tubarão Dulixo, Val OPNI, Evandro (Fióti), Tatiana Figueiredo, Simone Handa, Matilha Cultural, Marcão, Hélio Rocha, Luis Fernando Bicciara e várias outras pessoas que não vou lembrar aqui, mas que gostaria de agradecer muito pela ajuda e pelas força.


FONTE:BOCADA-FORTE

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